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 [MATÉRIA] - Cruzeiros x Hospitalidade

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Nadia Sirobaba
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MensagemAssunto: [MATÉRIA] - Cruzeiros x Hospitalidade   [MATÉRIA] - Cruzeiros x Hospitalidade Icon_minitimeDom Jul 20, 2008 2:01 pm

O mercado dos Navios de Cruzeiros

São várias as vantagens de quem trabalha em cruzeiro e depois migra para os hotéis. Trabalhar em um navio é um sonho para muitos jovens recém-formados, que buscam aliar aventura/trabalho, logo que saem de cursos profissionalizantes, técnicos ou de faculdades na área de hospitalidade.

Mesmo para quem não possui tempo de experiência como garçom, cozinheiro, assistente, recepcionista, em setores de entretenimento e eventos, lojas, no front desk, em governança e relações públicas, por exemplo, há sempre uma oportunidade.

Como em várias profissões, tem constantemente os prós e contras para quem trabalha em locais distantes do convívio familiar. Este, por sinal, é um dos obstáculos. Além de ficar longe de casa, o profissional vive confinado por um longo período dentro do navio, compartilha o dormitório com pessoas que irá conhecer no local e tem uma rotina exaustiva, com jornada de 14 a 16 horas diárias.

Como recompensa, entretanto, além da diversão, o retorno financeiro, aprender e praticar outras línguas, não há preocupação com custo de moradia, alimentação e saúde. Outras características de quem exerce o ofício em navio é a convivência em grupo, o trabalho em equipe, o respeito por uma estrutura de comando e também de conhecer vários países, costumes e culturas.

Qualificações podem ser aproveitadas por quem retorna da temporada em cruzeiros e busca uma oportunidade no mercado da hospitalidade, seja em hotéis ou pousadas.

Foi assim com Jonathan Cardoso, de 21 anos, que atualmente trabalha no New Life Piracicaba Apart Hotel, em Piracicaba, a 10 minutos de casa. Com a remuneração dos navios Costa Romântica e do Costa Victoria da companhia marítima Costa Cruzeiro, onde ficou por oito meses, Jonathan comprou um carro e investiu na carreira. Hoje cursa pós-graduação em Administração de Empresas, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), e pretende trabalhar na área administrativa de um hotel.

Formado em Hotelaria pelo Centro Universitário Senac - Aguas de São Pedro, Jonathan passou por alguns hotéis de grandes redes, mas foi assistindo a uma palestra sobre navios que decidiu adquirir mais essa experiência. "Foi difícil nos três primeiros meses, já que eu nunca havia dormido num espaço tão pequeno como a minha cabine", contou.

No hotel em que trabalha, a vivência em alto mar, o dinamismo e o fato de falar italiano, inglês e espanhol contaram pontos a seu favor na contratação. "O trabalho no navio foi uma oportunidade de viajar sem pagar e de viver intensamente", disse o profissional, que ainda pretende retornar um dia.

Para Telma Brito, que atua no mercado turístico há 27 anos, a maior vantagem de quem trabalha em transatlânticos é o crescimento pessoal e profissional. "O trabalho no navio é intenso e o contato com várias culturas é diário. Aprender a lidar com estas diferenças culturais e respeita-las é meio caminho andado para quem quer trabalhar com a hospitalidade. O trabalho intenso também prepara o profissional para o setor de serviços, que exige profissionais extremamente competentes", explicou Telma, diretora da Navigare.

PARA ALAVANCAR A CARREIRA

Foram apenas quatro meses aproveitados da temporada dos cruzeiros na costa brasileira de 1993 e 1994. Parece pouco, mas para Carla Merlotti, 38 anos, atualmente docente de turismo, hotelaria e eventos, foi o tempo suficiente para adquirir experiência e levar ao conhecimento dos estudantes os desafios e as angústias de uma jovem, que esperava um dia trabalhar em cruzeiros. . Ela contou que exerceu função no staff , no Costa Cruzeiro, vaga conquistada com o apoio de amigos. Para Carla, a experiência foi curta, porém, gratificante, porque pôde praticar outras línguas, como o italiano, ter contato com culturas e costumes diversos, e a conviver com outras pessoas em um local recluso, recompensada com ótimo salário. Sobre as dificuldades para quem embarca em cruzeiros, Carla lista algumas, como a carga horária longa de trabalho, com apenas uma folga na semana, ou períodos de curtos descansos, de uma hora antes das refeições. Ligar para a família só em último caso, porque os custos das ligações ainda são altíssimos. A opção, segundo a docente, é aproveitar as facilidades que a internet proporciona por meio dos e-mails e salas de bate-papo. Mas, apesar de alguns contratempos comuns ao trabalho, Carla literalmente embarcou nessa jornada a fim de aproveitar a experiência e alavancar a carreira. "Em dezembro embarco novamente para uma reciclagem. Dessa vez eu levo junto meus pais, meu marido e minha sobrinha, que também fará o curso comigo", disse.

DESAFIO AOS 39 ANOS

0 cozinheiro Wilson Roque Junior, 43 anos, resolveu seguir um antigo sonho e trocou tarde, mas, em tempo, de carreira. Aos 39 anos largou a profissão como assessor de vereador em Santos, para se dedicar à gastronomia. Formou-se em 2005, no curso Tecnologia em Gastronomia, realizado no Centro Universitário Senac - Campus Campos do Jordão. Foi buscar a primeira oportunidade de trabalho no navio. Na companhia MSC, permaneceu por dois anos e meio como primeiro cozinheiro. Da experiência adquirida, Roque Junior disse que aprendeu outras línguas. Além de falar inglês e espanhol, também conversa em italiano, francês e arrisca o indonésio. Para os atuais trabalhos, como consultor de gastronomia e chef do Café Millenium, em São Paulo, o cozinheiro disse que também trouxe as técnicas de preparo dos pratos. "Não tenho interesse em voltar para os cruzeiros. A experiência foi maravilhosa, mas no momento quero me dedicar à minha carreira como docente", disse o chef.

(extraído de Revista Quem Indica)
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